domingo, 4 de março de 2012

"Love is old, love is new..."

Por João Vale

Gosto de pensar que a música dos Beatles irá durar para sempre. Os cerca de 10 anos de vida da banda levaram várias influências do mundo em seu redor e a tenra juventude dos elementos fez com a absorção dessas influências fosse total. Os Beatles refletiram toda a revolução cultural da década de 60 e o produto do trabalho de John, Paul, George e Ringo foi tão original que projetou-se a nível global.
A história dos elementos da banda é interessante e descreve uma aventura que foi levada a cabo com coragem e determinação. Eram jovens e queriam viver em pleno os anos que tinham pela frente. Começam nos bares de Liverpool e, mais tarde, Hamburgo onde davam concertos pagos à hora. Levaram esta vida durante três anos até que foram descobertos pelo agente que os lançou, Brian Epstein. Epstein assume um papel paternal na banda e mostra a importância de uma imagem de destaque. Assim, os Beatles largam os jeans, os casacos de couro, a brilhantina, o tabaco e o álcool e adoptam uma imagem limpa com um outfit mais atualizado. A postura no palco de “bad boys” é esquecida e os Beatles reinventam-se como uns bons rapazes na moda e elegantes. Assim foi criada a imagem que nós conhecemos dos Beatles durante a fase da “Beatlemania”.
Nos álbuns ouvimos músicas simples e puras que ficam no ouvido. São músicas que nos despertam alegria e nos fazem querer dançar “60’s style”!
O amadurecimento da banda revela a sua qualidade e o seu talento. Decidem largar os concertos ao vivo e dedicam-se à sua música em estúdio. Os álbuns “Rubber Soul” e “Revolver” mostram um desenvolver do gosto e das técnicas nos instrumentos. Novas músicas e um novo som. Evoluíram do Pop para o Rock com criatividade e sentimento.
O álbum mais célebre dos Beatles é “Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band”. Nele a banda mostra a sua criatividade em pleno, usando novos sons e novos instrumentos. O resultado é inovador e dá origem a um novo termo: psicadélico.
Com a morte de Brian Epstein a banda perde o rumo e demora a recompor-se, surgem tensões entre os elementos. Todavia, o talento continua a fervilhar e trabalhos fantásticos continuavam a sair nos álbuns “White álbum” “Yellow Submarine” e “Magical Mistery Tour”. Mas o melhor ainda estava para vir: “Abbey Road”. Mais uma vez a inovação reina e, apesar do clima pesado que a banda vivia, novos estilos foram criados como as primeiras músicas “metal rock”.
O fim da banda deu-se com “Let It Be”, o álbum que reflete os anos tortuosos que viveram. Paul exprime o esforço e a sua frustração com os problemas no seio da banda em “The Long and Winding Road”, música que, ironicamente, despoleta o fim dos Beatles.
Muita gente considera os Beatles ultrapassados e música de outros tempos.  Eu gosto dos Beatles. Gosto da inocência dos primeiros álbuns e do crescimento que, álbum a álbum, se sente. Em qualquer música se encontra um propósito, uma mensagem e musicalmente falando a banda cresceu desmesuradamente durante os seus 10 anos de existência. Embora me faça “viajar no tempo” também acho que, ainda hoje, é fresco. Claro que esta “frescura” está relacionada com o fato do fim da banda ter sido resolvido com muita discrição. Os elementos conseguiram manter os conflitos na sua privacidade e pouca informação passou para os média. As coisas boas dos Beatles perduraram e o mau ficou para quem lá esteve. Os rapazes adolescentes de Liverpool amadureceram mesmo muito bem... :)













The Beatles Rock Band




1 comentário:

  1. Era impossível não guardar os beattles como uma gigantesca referência. Mais do que um grupo, são uma marca no tempo :)

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