Shalom

Alfred Nobel foi um engenheiro quimico nascido em Estocolmo, na Suécia, em 1833 (faleceu em 1896 de hemorragia cerebral). É a ele que atribuimos a invenção da dinamite, usando nitroglicerina como explosivo. Embora a sua invenção tenha sido criada com o intuito de facilitar trabalhos de grandes construções, ela foi essencialmente usada com fins destruitivos. Diz-se que este foi um dos fatores que contribuiu para que juntasse o Prémio Nobel da Paz ao seu legado de atribuição de prémios que distinguem desempenhos nas áreas de Física, Química, Medicina, Literatura e Economia. Segundo ele este deveria distinguir "a pessoa que tivesse feito maior ou melhor ação pela fraternidade entre as nações, pela abolição ou redução de esforços de guerra e manutenção de tratados de paz". A desejo do próprio, o Nobel da Paz é atribuído anualmente por um comité norueguês, ao contrário dos restantes que são atribuídos por orgãos suecos, fato relacionado com a história de união entre os dois países.

Quando estive em Oslo tive a oportunidade de visitar o Nobel Peace Center. Este centro criou duas estruturas que nos dão a conhecer quem são e o que fizeram todos os galardoados: The Nobel Field e Wallpapers. A primeira, e para mim a mais impressionante em termos de impacto visual , é uma sala de vidro que se assemelha a um jardim iluminado com Leds onde estão fotos de todos os premiados. A Wallpapers traduz-se num display criado numa parede que permite aos visitantes uma pesquisa acerca da vida, trabalho e legado dos laureados.

Ao longo dos anos vários foram os nomes distinguidos com este prémio, os mais sonantes são: Martin Luther King, Cruz Vermelha, Madre Teresa de Calcutá, Unicef, Henry Kissinger, Desmond Tutu, Lech Walesa, o 14º Dalai Lama, Gorbachev, Nelson Mandela, Ramos Horta e Ximenes Belo, ONU, Al Gore, Barack Obama.

Em 2011 o prémio foi atribuído ex aequo a Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbower e Tawakel Karman pela sua luta pelos direitos das mulheres.